domingo, 26 de maio de 2013

Vitória do Mearim é destaque no I Workshop da Cadeia Produtiva do Arroz no Maranhão


O Maranhão mantém, nesta safra 2012/2013, a posição de terceiro maior produtor de arroz do Brasil, com uma previsão de colher 632 mil toneladas do grão. O cultivo do arroz no estado está sendo discutido no I Workshop de Valorização e Inovação da Cadeia Produtiva do Arroz no Maranhão, cuja abertura aconteceu, na manhã desta terça-feira (21), no auditório da Assembleia Legislativa, com a presença do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo; o reitor da Universidade Estadual do Maranhão, José Augusto Silva Oliveira; e o chefe da Embrapa Cocais, Valdemício de Sousa.
O encontro reúne cerca de 500 pessoas, entre pesquisadores, empresários, estudantes e gestores públicos. O workshop faz parte das ações da Rede Brasil de Arroz, e no Maranhão está sendo realizado até esta quarta-feira (22) pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema), Instituto Federal do Maranhão (Ifma) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em seu discurso, o secretário Cláudio Azevedo destacou algumas ações do governo estadual que estão sendo realizadas para fomentar a produção de arroz no Maranhão. “Nós distribuímos para a safra 2012/2013, 600 toneladas de arroz aos agricultores familiares e durante o Agrobalsas reativamos a câmara setorial da cadeia produtiva de grãos, um fórum de interlocução entre os diversos atores que discutem soluções para o fortalecimento da cadeia produtiva”, afirmou Cláudio Azevedo, ressaltando que o Maranhão é o segundo maior produtor de grãos da Região Nordeste, com uma previsão de fechar a safra deste ano colhendo cerca de 3,4 milhões de toneladas de grãos.
Ele ressaltou, ainda, a vocação agrícola do Maranhão e que o arroz é cultivado em todas as regiões do estado. “Vamos aproveitar este evento para discutir as vocações, seus entraves, mas, principalmente trocar experiências, transferir tecnologias que contribuam para o aumento da produção e da produtividade”, afirmou Cláudio Azevedo.
O chefe da Embrapa Cocais, Valdemício de Sousa, anunciou que em meados do mês de novembro o órgão federal vai lançar, em Arari, uma nova variedade de arroz para a Baixada Maranhense: a BRS Arari. “Serão distribuídas 100 toneladas de sementes selecionadas aos agricultores. Com a semente, nós estimamos que a produtividade alcance de 4.000 a 5.000 quilos por hectare”, informou Valdemício de Sousa, lembrando que a média de produtividade no Maranhão é de cerca de 1.500 quilos por hectare.
Em seu discurso, Valdemício de Sousa fez questão de ressaltar a parceria que o órgão possui com o governo estadual. “Quero aqui fazer um agradecimento ao Governo do Estado pela parceria que vêm realizando com a Embrapa ao longo dos últimos anos. O Maranhão tem potencial para produzir ainda mais e com a parceria entre os diversos órgãos do setor público e a iniciativa privada, daremos continuidade ao trabalho de revitalização da cultura do arroz no Maranhão”, avaliou.
As ações do Governo do Estado, desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), também foram apresentadas durante o I Workshop de Valorização e Inovação da Cadeia Produtiva do Arroz no Maranhão.
O coordenador da Rede Brasil Arroz, Carlos Magri Ferreira, explicou que o importante não é só o aumento da produtividade e consequentemente da produção. “O nosso desafio é atender a um mercado exigente. É necessário que o produtor melhore a qualidade do arroz, garantindo sua rentabilidade. Caso contrário iremos continuar importando arroz para o Maranhão”, analisou Carlos Magri.
Os 10 maiores produtores de arroz no estado são os municípios de Santa Luzia, Grajaú, Barra do Corda, Arari, Bom Jesus das Selvas, Mirador, Tuntum, Vitória do Mearim, São Domingos do Maranhão e Colinas.
Um dos motivos do aumento da produção de arroz nesta safra 2012/2013, é a ampliação da área de arroz plantado em regime de irrigação, correspondente a cerca de 15 mil hectares, possibilitando a elevação da produtividade média, que no ano passado foi de 1.288 quilos/ hectare, para os atuais 1.579 quilos/hectare.

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