O desembargador
do Tribunal de Justiça do Maranhão, Raimundo Melo, negou nesta terça-feira
(21), em decisão monocrática, pedido de liminar em desaforamento criminal feito
por Salete Silva Varão, acusada de ser a mandante da morte do médico Antonio
Lopes Varão, no município de Bom Jardim, a 220 km de São Luís.
A defesa de Salete ingressou com pedido
de desaforamento para que ela fosse julgada em outro município, que não de o
Bom Jardim. No pedido, os advogados sustentam que a vítima era muito conhecida
na cidade, além de ter exercido vários mandados de vereador e atuar como médico
geral na região, o que permitiu seu contato com grande número de pacientes,
fatos que poderiam influenciar a decisão dos jurados.
Quando da análise da liminar, Melo
ressaltou que as alegações da ré não ficaram prontamente caracterizadas, uma
vez que não bastam meras suposições ou alegações vagas a respeito da dúvida
sobre a imparcialidade dos jurados ou sobre a segurança pessoal da acusada,
para o deferimento do pedido de desaforamento.
O desembargador indeferiu a liminar e
manteve a data do julgamento de Salete, que ocorrerá no dia 20 de setembro
deste ano. Agora o processo será encaminhado ao Ministério Público do Estado e
a Procuradoria Geral de Justiça, que se manifestarão acerca dos pedidos da
defesa de Salete Varão.
O CRIME – No dia 11 de dezembro
de 2010, dois homens se dirigiram ao Hospital Municipal de Bom Jardim se
passando por pacientes, e ao serem atendidos pelo médico Antônio Lopes Varão,
dispararam dois tiros contra a vítima, que morreu no local.
Após o crime, os dois pistoleiros
conseguiram escapar em companhia de mais outras duas pessoas em um Ford Fiesta
branco. Quando da fuga, o automóvel em que os bandidos estavam capotou na
BR-222, em Vitória do Mearim, e um deles, identificado como Daniel Oliveira
Rodrigues, que seria amante de Salete Silva, morreu.
Já no dia 3
de julho, a mandante do crime e mulher da vítima foi presa quando retornava a
São Luís, vindo do Pará, de trem. Ela foi levada para o Presídio Feminino, em
Pedrinhas, e aguarda o seu julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Bom
Jardim.
(Ascom/TJMA)
(Ascom/TJMA)
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