



Carolina
– Um dos mais importantes pontos turísticos do Maranhão, o conjunto de
cachoeiras de Pedra Caída, em Carolina, município distante 860km de São Luís,
está recebendo investimentos da ordem de R$ 14 milhões para a construção de um
complexo de lazer no local. Carolina faz parte do Parque Nacional da Chapada
das Mesas.
Algumas
obras já foram concluídas, outras iniciadas. A expectativa é de que toda a obra
desse complexo seja concluída no fim de 2011. Entre as obras já concluídas,
está a estrutura para prática de tirolesa (atividade esportiva de aventura
originária da região do Tirol, na Áustria. Consiste em um cabo aéreo ancorado
horizontalmente entre dois pontos, pelo qual o aventureiro se desloca por meio
de roldanas conectadas por mosquetões a uma cadeirinha de alpinismo). Uma de
400 metros, outra de 600 metros e a última de 1.200 metros.
Também
já foram construídos cinco quilômetros de trilhas para melhor acesso ao
conjunto de 25 cachoeiras da região. Até mesmo uma igreja pequena foi feita no
local.
Ainda
nesse complexo de lazer, está prevista a ampliação do número de chalés
existentes no local. Hoje, Pedra Caída tem oito chalés. Com a ampliação, serão
60. A obra já foi iniciada e já há novos chalés prontos.
Pipes
- Esses investimentos são do grupo empresarial Pipes, conhecido pela construção
e transporte de passageiros em balsas pelo Rio Tocantins, do empresário Pedro
Iran Pereira Espírito Santo.
Parte
dos recursos para a implementação desse projeto, o grupo Pipes espera obter
financiamento via Banco do Nordeste.
“Queremos
melhorar a estrutura para os visitantes. Queremos fazer algo em que uma família
inteira possa ter opções de diversão”, declarou o presidente do grupo Pipes,
Pedro Iran Pereira Espírito Santo.
Além
disso, estão previstas a construção de uma praça de alimentação, melhoria das
estruturas para a prática de rapel, a ampliação do setor de estacionamento e
até a implantação de um heliporto no local.
Outro
investimento diferenciado será destinado ao paisagismo desse complexo de
cachoeiras, já que serão adotadas plantas da região como forma de ambientação
da região.
Teleférico
- Ainda nessa lista de adequações que já estão sendo realizadas em Pedra Caída,
está a instalação do serviço de teleférico para ligar a base da tirolesa de
1.200 metros ao ponto mais alto da região. Somente nesse teleférico, devem ser
gasto cerca de R$ 2 milhões. “Estamos negociando para obter um preço melhor”,
comentou Pedro Iran Santo.
As
obras foram iniciadas este ano e a projeção do grupo Pipes é concluí-las no ano
que vem. Parte dos custos com a implantação desse complexo de lazer está sendo
absorvido a partir das próprias empresas do grupo que se encarregam de algumas
áreas, como a carpintaria e o transporte.
“A
gente tem um prazo e Deus tem outro. O certo é o prazo que Deus escreve”,
ressaltou o empreendedor sobre o prazo de conclusão das obras.
Pelo
menos 60 homens estão trabalhando diretamente na construção desse complexo de
lazer em Pedra Caída. Para Pedro Iran Santos, o mais importante na obra não é o
volume de investimentos, mas a geração de empregos que proporciona.
“Para
mim,o mais importante é que estamos oferecendo emprego. Estamos sendo úteis
para as pessoas”, disse Pedro Iran Santos. Em alta temporada, Pedra Caída chega
a receber até 700 pessoas em um único dia. Ela fica a 35km da sede de Carolina,
às margens da BR-010.
Há
obras em outras cachoeiras
Investimentos
em conjuntos de cachoeiras, como Pedra Caída, têm sido uma constante no
município de Carolina. Muito embora em outros locais a melhoria da estrutura
turística seja mais pontual que a em implementação em Pedra Caída, um dos mais
belos recantos do Maranhão.
Itapecuruzinho,
conhecida pela cachoeira Duas Irmãs, é um exemplo disso. Nos últimos 10 anos, o
empresário responsável pela manutenção do local também construiu chalés,
instalou restaurantes, disponibilizou mesas e serviços de hotelaria e de
alimentação no local.
Itapecuruzinho
fica distante 30 km da sede de Carolina, às margens da BR-010, no sentido do
município de Balsas.
Custos
- Esses investimentos também geram um custo que normalmente é pago pelo
visitante. Em Itapecuruzinho, apenas para o turista ficar mais perto da queda
d’água, é necessário pagar uma taxa de R$ 5,00.
Se
o turista pagar R$ 10,00, poderá ficar no local o dia inteiro. A área é
protegida por seguranças e por uma grande mureta de ferro. “Acho estranho pagar
para ver uma beleza natural, mas se for necessário, não vejo problemas”,
afirmou a turista Maria Antônia Silveira.
O
município de Carolina faz parte do Parque da Chapada das Mesas, que compreende
uma área de 1.229 quilômetros quadrados e envolve oito municípios dos estados
do Maranhão e Tocantins.
Com
tanta água que corre nos rios da região, na década de 40 foi construída na
cidade a primeira hidrelétrica da Amazônia. Além disso, ela foi a pioneira na
fabricação de sabonete e óleo comestível em todo o Nordeste, e o movimento de
pessoas e produtos era tão intenso que chegava a ser, muitas vezes, maior do
que o da própria capital, São Luís.
Chapada
das Mesas
-
O Parque Nacional da Chapada das Mesas tem ainda grande importância local, pois
protege as nascentes de muitos rios que são utilizados para abastecimento,
lazer e pesca. A conservação do bioma Cerrado e a recuperação das áreas que já
foram alteradas também ajudam a manter as boas condições do clima e das chuvas,
beneficiando toda a região.
-
As chapadas, formações geológicas em arenito com mais de 60 milhões de anos,
com paredes quase a prumo e topo plano como uma mesa dão o nome à região onde o
parque se encontra.
-
Nos topos horizontalizados há presença de vegetação herbáceo-arbustiva, nas
escarpas verticalizadas, vegetação pioneira e espécies arbóreo-arbustivas nas
áreas de talus (base da escarpa).
-
O Cerrado encontrado na região da Chapada das Mesas é composto por um mosaico
de formações vegetais, existindo desde áreas cobertas com vegetação rasteira
com arbustos escassos (formações savânicas), até áreas cobertas com florestas
de árvores relativamente altas com grande dossel (formações florestais).
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