
O secretário de Estado da Educação, Pedro Fernandes
(foto), tomou um susto hoje quando tomou conhecimento do quadro real da sua
pasta pelo promotor Paulo Avelar, da Promotoria de Educação. Do que
foi entregue a Fernandes sobre a Seduc, o atual secretário não sabe
da missa a metade.
Durante encontro na sede da promotorias, na Cohama,
Avelar mostrou o tamanho do pepino que Fernandes aceitou colocar no colo e o
peso do abacaxi em que ele sentou em cima, com casca e tudo.
O promotor pediu explicações que o titular da Seduc
não tinha conhecimento, como a data da entrega da atrasadíssima obra de
construção do prédio onde funcionará a primeira escola de nível médio
na Cidade Olímpica, que se arrasta desde 2009.
Na época, o secretário era Lourenço Vieira da
Silva, passando pelas gestões de César Pires, Anselmo Raposo, Olga Simão,
Bernardo Bringel e agora na de Pedro Fernandes.
Além disso, estão praticamente paralisadas as obras
de reformas do Centro de Ensino Governador Edison Lobão e o Colun, este último
na Vila Palmeira. O antigo Colégio Maristas, onde será construída a primeira
escola de tempo integral na gestão de Roseana, está jogado às traças. E olha
que Avelar nem mostrou o mapa do descaso no interior.
O promotor refrescou a memória de um Fernandes
atônito com tantos problemas, como a falta de professores nas salas de aulas
deixando que determinadas matérias não sejam lecionadas e a insistência da
Seduc em continuar recorrendo à Justiça para impedir o aproveitamento dos que
passaram no último concurso na Educação e não foram convocados.
Sem falar que o próprio MP ajuizou ação para que o
Estado abra mais concursos para o setor, com a dispensa da contratação
temporária de professores, um instrumento eleitoreiro que só funciona para
ajudar aliados políticos, comprometendo a qualidade do ensino
Pedro Fernandes, que imaginou que iria apenas ouvir
do promotor sucesso, boa sorte e palavras de incentivo, soube que existem 16
sedes de jardins de infância abandonados e não nove como fora informado na
Seduc.
Passado na casca do alho, Fernandes exibiu
documentos que mostram a intenção da Seduc em resolver pendências, além das
velhas promessas, que o MP espera sejam cumpridas.
“Nós vamos trabalhar pela recuperação das escolas,
investir em gestão e manter o diálogo com os professores. O Ministério Público
exige o cumprimento da lei e nós estamos cumprindo o que a legislação
determina”, garantiu o secretário ao promotor.
Fonte: Luis Cardoso
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