domingo, 30 de junho de 2013

Brasil vence a Espanha no Maracanã e conquista sua quarta Copa das Confederações


Com um gol de Fred logo no primeiro minuto de partida, o Brasil não teve dificuldades para vencer a Espanha, atual campeã mundial e bicampeã da Europa, por 3 a 0, neste domingo, no Maracanã, e conquistar a sua quarta Copa das Confederações, repetindo o feito de 1997, 2005 e 2009.
Os outros gols brasileiros foram de Neymar (44min do primeiro tempo) e novamente de Fred (2min do segundo tempo).
O zagueiro espanhol Sergio Ramos chutou um pênalti para fora, aos 8min do segundo tempo, quando o placar já estava 3 a 0, e o zagueiro Piqué foi expulso aos 22min da segunda etapa, por cometer uma falta em Neymar.
Com os dois tentos desta noite, Fred terminou a competição como artilheiro ao lado do espanhol Fernando Torres, que foi titular neste domingo. Os dois atletas anotaram cinco tentos no torneio.
Durante a cerimônia que antecedeu a partida, dançarinos voluntários vestidos de bolas de futebol mostraram uma faixa em protesto à privatização do Maracanã e também contra a homofobia.
Além do gol bem no começo do confronto, o Brasil foi bem na marcação. Luiz Gustavo e Paulinho impediram que Xavi e Iniesta conseguissem ter muito espaço para dominar.
Ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava 1 a 0, David Luiz salvou ao tirar a bola quase em cima da risca após chute de Pedro.
FIM DA INVENCIBILIDADE
A vitória do Brasil ainda acabou com a invencibilidade de 29 jogos oficiais da seleção espanhola, que ainda não levava gols em mata-mata desde o Mundial de 2010. A última vez que levou um tento foi na última edição da Copa das Confederações, em 2009. Na disputa do 3º lugar, os espanhóis bateram a África do Sul por 3 a 2.
De lá para cá, foram oito partidas eliminatórias em que o gol de Casillas não fora vazado. Foram quatro mata-matas da Copa do Mundo de 2010, mais três duelos da Eurocopa de 2012, além da vitória nos pênaltis sobre a Itália, na última quinta-feira.
O JOGO
O técnico Luiz Felipe Scolari conseguiu colocar seus 11 titulares em campo e manteve o esquema 4-3-3.
Já o treinador espanhol Vicente del Bosque fez uma alteração em relação ao time que superou a Itália na semifinal. Deixou David Silva no banco e escalou Mata em seu lugar. A formação 4-3-3 foi mantida.
Logo no primeiro minuto, Hulk foi lançado na ponta direita e cruzou na área. Neymar não conseguiu o domínio, mas a bola sobrou para Fred. O centroavante, deitado, chutou na saída de Casillas e colocou o Brasil em vantagem.
A seleção brasileira surpreendeu a Espanha com uma marcação avançada e dificultou a troca de passes da equipe europeia. Os anfitriões chegaram a ter 56% de posse de bola aos 13min da etapa inicial.
Antes, aos 7min, Fred ajeitou de calcanhar para Oscar. Mesmo livre, o meia finalizou para fora.
Depois, o volante Paulinho viu Casillas adiantado e tentou encobri-lo, mas o goleiro espanhol conseguiu se recuperar.
A Espanha começou a equilibrar as ações e até superou a seleção na posse de bola (59% a 41%), mas perdeu a grande chance do empate com Pedro.
O atacante do Barcelona invadiu a área, concluiu cruzado e tirou de Júlio Cesar. David Luiz salvou com um carrinho na pequena área.
Três minutos depois, Neymar recebeu na esquerda, tocou para Oscar e recebeu de volta. Sem marcação próxima, o jogador encheu o pé esquerdo, estufou as redes adversárias e ampliou o resultado.
Para o segundo tempo, Vicente del Bosque trocou um lateral direito por outro. Sacou Arbeloa, que vacilara na etapa inicial nos dois gols brasileiros, e colocou Azpilicueta.
Porém, nem deu tempo para os europeus se organizarem: aos 2min, Hulk acionou Neymar e o atacante deixou a bola passar para Fred. De primeira, o centroavante chutou no canto da meta rival e fez o terceiro gol brasileiro, o seu segundo no jogo.
Com necessidade de muitos gols e com os atletas apáticos no gramado, Del Bosque promoveu mais uma alteração. Tirou Mata para a entrada de Navas.
Aos 8min, o lateral esquerdo Marcelo acertou uma joelhada na panturrilha do próprio Navas. O árbitro holandês Bjorn Kuipers assinalou a penalidade. O zagueiro Sérgio Ramos cobrou para fora.
Aos 22min, Neymar partiu para cima de Piqué, driblou o zagueiro e foi derrubado por um carrinho do futuro companheiro de Barcelona. O defensor espanhol recebeu o cartão vermelho direto e deixou o confronto.
Com dez atletas e um placar de 3 a 0 desfavorável, a Espanha ameaçou o Brasil em chutes de Pedro e Villa, que havia substituído Torres. Júlio Cesar salvou os anfitriões em ambas as oportunidades.
Felipão também queimou todas as alterações. Jadson, que ainda não havia atuado no torneio, Jô e Hernanes entram. Hulk, Fred e Paulinho saíram.
O Brasil segurou o resultado e se sagrou campeão da Copa das Confederações pela quarta vez na história.
Mesmo com menos posse de bola (48% a 52%), a seleção deu mais chutes certeiros ao gol: 8 a 7.
De quebra, o time de Felipão impediu que os espanhóis conquistassem todos os principais títulos do futebol. A seleção espanhola já faturou os Jogos Olímpicos, a Eurocopa e o Mundial.


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