
Santa Inês viveu na tarde de ontem mais uma
manifestação em prol da democracia e da qualidade de vida no município. Pouco
mais de mil pessoas, sendo a maioria formada por jovens, tomaram conta das ruas
do Centro, com cartazes, faixas e palavras de ordem.
A juventude denunciou também o aumento do desemprego, a falta de infraestrutura e mobilidade urbana, os arranjos na Educação, as deficiências na Saúde, a ineficiência do serviço de coleta de lixo, a ausência de leitos em hospitais e consequentemente a grande mortalidade que está ocorrendo no Hospital Thomaz Martins.
A manifestação foi iniciada na Praça do Terminal Rodoviário, seguindo pela Avenida Castelo Branco, Rua do Comércio até chegar em frente da Prefeitura e da Câmara Municipal. Estiveram participando do ato público, autoridades políticas, civis, religiosas e sociais que apoiam a insatisfação do povo em geral pelos problemas administrativos causados pela atual gestão. “É preciso que haja mais coerência e transparência por parte da prefeitura”, afirmou um dos manifestantes alegando que o prefeito “chega mesmo a debochar do sofrimento da população, ao prometer coisas que jamais fará por ela”. A todo momento os manifestantes pediam que o prefeito desocupasse o cargo aos brados de “fora Ribamar!”.
A presença da Polícia Militar durante todo o percurso da Rua do Comércio garantiu aos manifestantes o direito de protestar e reivindicar pacificamente as melhorias tão necessárias para o município
Um dos organizadores da manifestação, Weberth Silva, pediu a presença dos vereadores que não compareceram ao ato publico. Ele cobrou a presença do vereador Orlando Mendes que se dizia defensor dos jovens e da professora Vera para defender a classe dos professores e alunos.
Weberth lembrou também da Audiência Publica que houve no dia 16 sem a presença do secretário de Saúde Thiago Alves e do próprio prefeito Ribamar Alves, para explicarem ao povo sobre os motivos do caos no município. Também foi cobrada a omissão do Ministério Cube que também não compareceu na audiência para ouvir os familiares das vítimas que faleceram no Hospital Thomaz Martins por negligência.
“Quem deveria está presente para esclarecer o caos que se vê no município, não estava. Cadê as verbas da saúde que ele dizia em campanha que viriam diretamente do governo federal e que tudo iria melhorar. É assim que ele (o prefeito) diz amar essa cidade? Melhor pedir para sair” dizia em alto e bom som o líder do Juventude Atenta.
Weberth informou na caminhada também que estava sendo processado, assim como outras pessoas que participaram da manifestação realizada em maio. Ele disse está muito tranquilo, pois apenas expressou a indignação que toda a população se encontra. “Vivemos em um país democrático, onde uma manifestação pacífica mostrando a indignação do descaso do gestor público, pode ser feita. Ele me processa alegando que estamos afetando sua moral, mas que moral ele tem para nos processar? Deixar as pessoas morrerem sem atendimento de qualidade? Vender os terrenos dos cidadãos? Deixar as ruas completamente cheia de buracos? Não somos idiotas, temos consciência política e vamos lutar até o fim” disse Weberth. A Juventude Atenta afirma também que, uma comissão vem de Brasília para fiscalizar as obras do PAC.
TRIO INESPERADO
O que ninguém esperava era que, enquanto os manifestantes pediam melhores condições de vida para a população, em frente da prefeitura, um trio elétrico com algumas pessoas, passou ao lado da manifestação tocando bem alto música eletrônica. O intuito, segundo os manifestantes, era de atrapalhar a manifestação, mas não conseguiram e as palavras de ordem continuaram sem qualquer transtorno.
SEGURANÇA
A mesma PM que garantiu a segurança dos manifestantes durante o trajeto, estava na frente da Prefeitura e da Câmara de Vereadores no final do protesto, desta vez para coibir e inibir atitudes de vandalismo que não aconteceram. A manifestação pedindo a cassação da atual gestão finalizou pacificamente por volta das 17h e 30min
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