
Em
nota emitida agora há pouco, o governo Roseana Sarney confirmou a extinção do
Conselho de Gestão Estratégica do Governo do Estado, chamado de “Bolsa
Eleição”, espécie de mensalão pago com dinheiro público a cabos eleitorais e
aliados do grupo Sarney, entre ex-prefeitos e parentes de políticos da base da
oligarquia. Inicialmente o Conselho comportaria apenas os secretários, mas foi
ampliado para 40 membros e, por meio de recente medida provisória, aumentou 156
vagas, totalizando 206 conselheiros, que recebiam mensalmente um jeton de R$
5.850.
A denúncia foi feita pelos deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Bira
do Pindaré (PT) , Othelino Neto (PPS), Marcelo Tavares (PSB) e Cleide Coutinho
(PSB) mostrando que o governo Roseana mantinha 206 conselheiros, que recebiam
mensalmente do governo do estado quase seis mil reais para participarem de uma
única reunião mensal.
A
denúncia gerou revolta nos maranhenses que nas redes sociais e nos protestos de
rua, condenaram a sinecura dada a políticos que funcionariam como cabos
eleitorais do governo em 2014. Cada reunião do Conselho custaria R$ 1,2 milhão
ao erário público. Anualmente seria desperdiçados R$ 14.461.200,00 milhões.
Para
o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Rubens Jr, o fim do
Conselho foi uma vitória da população. “Graças às nossas denúncias e com o
apoio da OAB, Roseana Sarney acaba de extinguir o ‘Conselhão’ que concedia o
bolsa a políticos não-eleitos de sua base aliada. Nós denunciamos, a sociedade
pressionou! Aproveito pra agradecer o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil,
que recebeu representação assinada por todos os deputados da oposição e iria
ajuizar uma Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade]. Esse é um jeito novo e
coerente de fazer política! Não nos calaremos!”, comemorou.
Leia a nota emitida pelo governo extinguindo o Bolsa Eleição, publicado
no Maranhão da Gente:
“A governadora Roseana Sarney decidiu extinguir o Conselho de Gestão
Estratégica de Políticas Públicas, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social e os Conselhos de Articulação Regional. Essa decisão alcança, inclusive,
os membros do CONGEP que são secretários de Estado.
Tal medida dá início a um programa de manutenção do equilíbrio fiscal
tão duramente alcançado durante o seu mandato e que exige redobrada atenção
diante da perda de arrecadação que tem se acentuado nos últimos meses.
A governadora também reafirma que essa iniciativa é essencial para que
se mantenha o programa de investimentos nas áreas prioritárias de mobilidade
urbana, infraestrutura, educação, saúde, combate à pobreza e segurança pública.
Essa medida vai ao encontro das reivindicações da sociedade e de uma
nova realidade que o Brasil experimenta.”
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