segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vitória do Mearim participa do encontro realizada pela SES que reúne coordenadores municipais de Alimentação e Nutrição





A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza o I Encontro Estadual dos Coordenadores de Alimentação e Nutrição e da Atenção Básica, até esta quinta-feira (18), em São Luis. Participam coordenadores de programas municipais de Alimentação e Nutrição e coordenadores do serviço de Atenção Básica dos municípios maranhenses. A ação acontece por meio da Superintendência de Atenção Primária em Saúde da SES.

O objetivo é discutir a execução da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e ações de alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde (RAS), dentro da Atenção Básica.

Segundo a nutricionista Ana Kalena Nascimento Silva, integrante da Área Técnica de Alimentação e Nutrição da SES, todos os 217 municípios foram instruídos a enviarem seus coordenadores de alimentação e nutrição ou coordenadores da atenção básica para acompanhar a avaliação que será feita quanto à aplicação das ações que já vem sendo desenvolvidas para intensificar PNAN no estado.

Uma destas principais ações diz respeito ao cumprimento da chamada Agenda de Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), que visa à estruturação e qualificação de ações para o enfrentamento da desnutrição na Rede de Atenção à Saúde, especialmente no âmbito da Atenção Básica, em consonância com o Brasil Carinhoso e a Rede Cegonha.

“A agenda é destinada a municípios com maior prevalência deste agravo em crianças menores de cinco anos de idade, com o propósito de melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde de modo que se busque garantir por meio de uma atenção intersetorial, um atendimento que proporcione não somente o ganho de peso e suprimento de carências vitamínicas destas crianças, mas o que se preconiza através do conceito de saúde, que abrange ai o bem estar social e psicológico desta criança”, explicou Mayara Ramos, técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/MS).

Ela explica ainda que para isso os municípios recebem incentivos e devem acompanhar de perto o estado nutricional das crianças menores de cinco anos no SISVAN; investigar os casos de desnutrição e atraso no desenvolvimento infantil e, ainda, aumentar o acompanhamento de saúde das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.

Ações de apoio

Visando somar forças ao acompanhamento, diversas ações de apoio técnico, como seminários, treinamentos e capacitações, já foram executados pela SES, para subsidiar os municípios na busca por alternativas de enfrentamento ao problema da desnutrição e carência vitamínicas, sobretudo á questão da incidência de anemias.

O mais recente foi apresentado aos participantes do encontro: um estudo sobre a “Prevalência e Fatores Associados à Anemia em Mulheres e Crianças no Estado do Maranhão”. A pesquisa foi organizada pela professora da Universidade Federal do Maranhão, Maria Tereza Frota, que também integra a coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição, durante dois anos e realizada em 21 municípios que apresentavam grande incidência de casos de anemias.

“Nós dividimos o estado em quatro macro-pólos e mais a região de São Luis incluindo as cidades circunvizinhas. Esta divisão nos mostrou através de dados apresentados ao ministério da saúde por meio do SISVAN, onde estavam as maiores incidências”, diz ela.

A pesquisa feita por amostragem probabilística, em mulheres com idade entre 15 e 49 anos e crianças com idade entre seis meses e cinco anos, recebeu o auxílio de exames médicos para avaliação de estado nutricional, teste de capilaridade para dosagem de hemoglobina, juntamente com aplicação de questionários socioeconômicos.

De acordo com a pesquisadora os dados revelados alarmaram para a necessidade de se apontar estratégias suplementares imediatas, devido ao fato de que 36% das mulheres envolvidas apresentaram quadro de anemias e deficiências de ferro grave. Nos casos das crianças o índice foi ainda mais alto e preocupante atingindo 51% das crianças avaliadas, e quando isoladas a região da capital este índice ainda subia para 68%.


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