sábado, 15 de novembro de 2014

Cunha dá recado ao Planalto: interferência na disputa da Câmara vai gerar sequelas



A bancada do PMDB está incomodada com os sinais de que o Palácio do Planalto começou a se movimentar para interferir na sucessão pelo comando da Câmara dos Deputados.
Em conversas com aliados, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tem dito que será legítimo enfrentar o PT na disputa. Mas que haverá sequelas na base aliada se o Palácio do Planalto agir contra sua candidatura.
O desabafo de Eduardo Cunha para aliados foi interpretado como um recado direto à presidente Dilma Rousseff, que tem demonstrado contrariedade com a candidatura dele.
Nos últimos dias, Dilma tem mobilizado as bancadas de alguns partidos para tentar isolar o PMDB. O governador Cid Gomes (PROS-CE) já defendeu a construção de uma frente de esquerda e o ex-prefeito Gilberto Kassab, do PSD, está articulando uma frente de centro com o mesmo objetivo.
Hoje à noite, depois de a bancada do PT decidir lançar uma candidatura própria para enfrentar o PMDB, Dilma Rousseff recebeu no Palácio da Alvorada os parlamentares eleitos do partido. O gesto foi interpretado no PMDB como uma aprovação de Dilma à estratégia da bancada.
Mesmo assim, petistas influentes alertam que o preço que a presidente Dilma Rousseff terá de pagar para isolar Eduardo Cunha será muito alto. E que o eventual envolvimento do governo na disputa pelo comando da Câmara poderá resultar numa crise na base aliada.


Nenhum comentário:

Postar um comentário