
Escassez de
chuva na capital secou o reservatório do Batatã, localizado dentro do Parque Estadual do
Bacanga. De acordo com o setor de meteorologia da Universidade Estadual
do Maranhão (Uema), somente a partir do mês de janeiro do próximo ano inicia o
período chuvoso.
No momento,
o cenário da barragem é
de mato seco, rachaduras no solo e urubus sobrevoando a área. Além disso,
existem ainda algumas poças de lama que muitas crianças e adolescentes se
aventuram para brincar e tomar banho.
O
equipamento utilizado para bombeamento da água está parado desde o final do mês
de setembro, pois neste período, o nível de água era de apenas 1,80 metros.
Também é visível encontrar alguns buracos que foram feitos dentro do Batatã,
para armazenar água, mas, atualmente, está cheio de lama e mosquitos.
Há presença
de lixos como plásticos, garrafas pet, sacolas e um cheiro desagradável de
animais mortos. Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão
(Caema), o Batatã é responsável pelo abastecimento de 25 bairros de São Luís,
inclusive, o Centro da cidade. Há dois meses em entrevista a O Imparcial, o
presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), João Reis
Moreira Lima, garantiu que evitaria o sofrimento de moradores com a falta
d’água ou pelo menos diminuiria o racionamento feito na maioria dos bairros da ilha com a perfuração
de poços artesianos. Apenas em 2013, cinco poços dos sistemas do Sacavém e
Paciência estão em atividades. Na mesma entrevista João Lima confirmou o prazo de
finalização das obras de otimização do sistema Italuís e minimizou a
necessidade de racionamento de água, após as melhorias nos três sistemas. “Com
a reforma do Italuís vai haver um aumento da produção de água que vai resolver
o problema de distribuição a partir de março de 2014.
Se tiver
racionamento vai haver onde tem poços isolados. Onde existe um sistema
integrado é muito difícil ter racionamento” completou. Racionando água
Almerinda Silva, de 67 anos, moradora da Rua João Luís, no Diamante, disse que
este ano tem sofrido com a falta de água constante em sua casa, pois, até
mesmo, uma lanchonete em que era proprietária teve de acabar. “Não tinha como
funcionar o estabelecimento comercial porque trabalhar com comida sem água é
impossível”. Sílvia Antunes, de 58 anos, falou que encontrou alternativas para
viver com o racionamento de água no bairro.
Ela
aproveita os dias que possuem água na torneira para fazer faxina total na sua
residência e, no dia seguinte, a água utilizada é justamente aquela guardada em
um pequeno tanque de plástico que há no quintal. Mirian Leite, de 38 anos,
declarou que não lava mais roupa em casa devido à falta d’água e esse tipo de
serviço é feito na casa de sua mãe, no bairro do Ipase. “A água chega de
madrugada e muito fraca. Dá mal para encher um tonel que serve para banhar e
fazer a comida do dia a dia”, explicou.
Os moradores
do Alto do Parque Timbiras estão utilizando água de poços artesianos para não
ficar com os tanques vazios. “De fato, agora, estou pagando a conta de Luz mais
caro, porque, tenho que ligar a bomba para puxar a água do poço senão fico sem
água em casa”, declarou Lea Baeta, de 44 anos, que reside na Travessa da Paz.
Fonte: http://www.oimparcial.com.br
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