
BRASÍLIA - O avião desaparecido no
último dia 8 com 239 pessoas a bordo desceu a cinco mil pés de altitude
(aproximadamente 1,5 mil metros) para evitar ser detectado pelos radares civis,
informa hoje (17) o diário cingapurense New Straits Times.
A investigação oficial confirmou que
o Boeing777-2000 da Malaysia Airlines desligou os
seus sistemas de comunicação e mudou de rota deliberadamente. A análise dos
dados do avião revela que o aparelho baixou de altitude para desaparecer dos
radares. "A pessoa no comando do avião tem sólido conhecimento de
navegação e radares", declarou uma fonte ao diário.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur em
direção a Pequim na madrugada do dia 8 deste mês e desapareceu dos radares
cerca de 40 minutos depois da descolagem. A estimativa é que tenha voado
durante várias horas sem ser detectado, disseram os peritos ao jornal de
Cingapura.
As autoridades da Malásia pediram a
uma série de países, a maioria do Sul e Centro da Ásia, que se juntem às buscas
do avião, após a confirmação de que o aparelho mudou de rumo de forma
deliberada e que se dirigiu para o Oeste.
Os novos dados, divulgados pelo
primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, no sábado (15), abrem duas zonas de
investigação sobre a rota seguida pelo avião: uma que vai do Norte da Tailândia
até o Cazaquistão e Turquemenistão e outra que parte da Indonésia e entra pelo
Oceano Índico, a Oeste da Austrália.
Vinte e seis países participam
atualmente das operações de busca do avião: Austrália, Bangladesh, Birmânia,
Brunei, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos,
Filipinas, França, Índia, Indonésia, Japão, Cazaquistão, Quirguizistão, Laos,
Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Reino Unidos, Rússia, Cingapura, Tailândia,
Turquemenistão, Uzbequistão e Vietnã.
O primeiro-ministro australiano, Tony
Abbott, anunciou hoje que o seu governo reforçou a contribuição nas operações
de busca do avião. A Austrália assumirá a responsabilidade de procurar o
aparelho em uma vasta parte do Oceano Índico e enviará recursos adicionais de
vigilância marítima para ajudar na missão.
O avião transportava 227 passageiros,
incluindo sete menores, e uma tripulação de 12 malaios. Entre as possíveis
causas do desaparecimento estão as hipóteses de sequestro, terrorismo ou
problemas psicológicos ou pessoais de alguém a bordo.
O ministro dos Transportes da
Malásia, Hishammuddin Hussein, disse nesse domingo (16) que as últimas palavras
recebidas pelo controle aéreo - "Bem, boa noite" [All right, good
night] - foram pronunciadas no interior da cabine depois de o sistema de
comunicações [Acars, Aircraft Communications Addressing and Reporting
System] ter sido deliberadamente desligado.
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