
Um
juiz e um promotor de Justiça foram expulsos hoje (25) de Arame, no interior do
estado – sob uma saraivada de fogos de artifício -, por motoqueiros que faziam
uma manifestação contra o uso de capacete na cidade.
O juiz
Holídice Barros e o promotor Carlos Róstão preferiram deixar o local porque não
se sentiram seguros. No municípios há apenas um policial militar.
Segundo
nota da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), a confusão começou com
uma campanha que o promotor Carlos Róstão está realizando na comarca de Arame
para que os motociclistas só trafeguem usando capacete
Além
disso, o promotor pediu a fixação de prazo para que a população se adeque à
regra, o que foi acatado pela Justiça. “Trata-se de uma norma que visa
preservar a segurança do condutor da moto e da própria população”, esclareceu o
juiz Holídice Barros, ainda segundo a nota da AMMA
Contra
a campanha do membro do MP e a decisão da Jusitça, motoqueiros decidiram
realizar, nesta terça-feira, um protesto, interditando a via que interliga os
municípios de Arame e Buriticupu.
O juiz
Holídice Barros e o promotor Carlos Róstão, ao se deslocarem de Grajaú para a
realização de audiências em Arame, foram hostilizados pelos manifestantes. Após
constatarem que só havia um policial na cidade, eles solicitaram ao comandante
do Batalhão de Grajaú que enviasse reforço, seguindo para Arame apenas dois
policiais e uma viatura.
Apesar
da presença dos três policiais, o clima continuava tenso em Arame. O juiz e o
promotor foram então aconselhados pelos policiais a deixarem a cidade, pois
estes não tinham condições de garantir a segurança.
O caso
já foi relatado pela Associação dos Magistrados (AMMA) à Presidência do
Tribunal de Justiça.
“O que
aconteceu hoje no município de Arame foi uma afronta ao Estado do Direito, com
a vitória da barbárie em detrimento da lei”, avaliou Gervásio Protásio Santos,
presidente da Amma.
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