segunda-feira, 5 de maio de 2014

Abril registra 86 assassinatos em SL e na Grande Ilha; no ano já são 357


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Jornal Pequeno
O mês de abril terminou com o registro de 86 homicídios na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa). O número representa uma média de 3,2 assassinatos por dia.


Nos quatro primeiros meses deste ano, já foram registrados 357 crimes de morte na Ilha – média de 89,2 assassinatos por mês.
Em relação ao mesmo período (janeiro a abril) do ano passado – em que aconteceram 291 assassinatos –, houve um aumento de 22,7% (66 mortes a mais).
Há oito meses seguidos (desde setembro do ano passado), os assassinatos na Ilha têm alcançado 80 ou mais registros – 90 em setembro; 108 em outubro; 90 em novembro; 111 em dezembro; 100 em janeiro; 80 em fevereiro; 91 em março; e 86 em abril.
Os dados são do portal da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).
São Luís continua sendo a cidade mais violenta da Grande Ilha – registrou 62 assassinatos em abril. Os bairros mais violentos da capital foram Liberdade e Cidade Operária, com cinco homicídios em abril, cada um.
São José de Ribamar teve quinze crimes de morte; Paço do Lumiar, oito; e Raposa apenas um.
Armas de fogo foram usadas em 67 assassinatos (68% dos casos). Em onze registros (12,8%), houve utilização de arma branca; e em oito (9,3%), de outros meios (enforcamento, estrangulamento, pauladas etc.).
MENINA ASSASSINADA – Um dos casos que mais repercutiram em abril foi a morte da menina Jandiara Silva, de 9 anos, atingida por três tiros de pistola ponto 40 quando ia comprar pão na Vila Cruzado.
Os disparos foram feitos por traficantes que ocupavam um Corsa preto. Eles tentavam alvejar um integrante de um bando inimigo.
No dia 24 de abril, o Serviço de Inteligência da Polícia Militar prendeu Leudes dos Anjos Santos, 24, acusado de estar envolvido no crime.
PRESOS MORTOS – Quatro detentos foram assassinados em abril no sistema prisional maranhense, que vive uma séria crise desde o ano passado, quando 60 presos foram mortos nas cadeias do Maranhão – vários deles, decapitados –, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os detentos mortos em abril – três enforcados e um a “chuçadas” – foram João Altair Oliveira Silva, de 18 anos (no dia 12 de abril, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), de Pedrinhas; vítima de “chuçadas”); Wesley Sousa Pereira, 24 (no dia 13, também na CCPJ de Pedrinhas; enforcado); André Valber Costa Mendes, 25 (no dia 14, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas; enforcado); Laurêncio Silva, 26 (no dia 17, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Anil; enforcado).
Neste ano, treze presos já foram assassinados em cadeias do Maranhão – quatro no CDP de Pedrinhas, o “Cadeião”; três na CCPJ de Pedrinhas; dois na CCPJ do bairro do Anil, em São Luís; e quatro em unidades prisionais do interior do estado (Santa Inês, Balsas, Itapecuru-Mirim e Timon)


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