
Jornal Pequeno
O mês de abril terminou com o
registro de 86 homicídios na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço
do Lumiar e Raposa). O número representa uma média de 3,2 assassinatos por dia.
Nos quatro primeiros meses deste
ano, já foram registrados 357 crimes de morte na Ilha – média de 89,2
assassinatos por mês.
Em relação ao mesmo período
(janeiro a abril) do ano passado – em que aconteceram 291 assassinatos –, houve
um aumento de 22,7% (66 mortes a mais).
Há oito meses seguidos (desde
setembro do ano passado), os assassinatos na Ilha têm alcançado 80 ou mais registros
– 90 em setembro; 108 em outubro; 90 em novembro; 111 em dezembro; 100 em
janeiro; 80 em fevereiro; 91 em março; e 86 em abril.
Os dados são do portal da
Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).
São Luís continua sendo a cidade
mais violenta da Grande Ilha – registrou 62 assassinatos em abril. Os bairros
mais violentos da capital foram Liberdade e Cidade Operária, com cinco
homicídios em abril, cada um.
São José de Ribamar teve quinze
crimes de morte; Paço do Lumiar, oito; e Raposa apenas um.
Armas de fogo foram usadas em 67
assassinatos (68% dos casos). Em onze registros (12,8%), houve utilização de
arma branca; e em oito (9,3%), de outros meios (enforcamento, estrangulamento,
pauladas etc.).
MENINA ASSASSINADA – Um dos casos que mais
repercutiram em abril foi a morte da menina Jandiara Silva, de 9 anos, atingida
por três tiros de pistola ponto 40 quando ia comprar pão na Vila Cruzado.
Os disparos foram feitos por
traficantes que ocupavam um Corsa preto. Eles tentavam alvejar um integrante de
um bando inimigo.
No dia 24 de abril, o Serviço de
Inteligência da Polícia Militar prendeu Leudes dos Anjos Santos, 24, acusado de
estar envolvido no crime.
PRESOS MORTOS – Quatro detentos foram
assassinados em abril no sistema prisional maranhense, que vive uma séria crise
desde o ano passado, quando 60 presos foram mortos nas cadeias do Maranhão –
vários deles, decapitados –, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os detentos mortos em abril –
três enforcados e um a “chuçadas” – foram João Altair Oliveira Silva, de 18
anos (no dia 12 de abril, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ),
de Pedrinhas; vítima de “chuçadas”); Wesley Sousa Pereira, 24 (no dia 13,
também na CCPJ de Pedrinhas; enforcado); André Valber Costa Mendes, 25 (no dia
14, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas; enforcado); Laurêncio
Silva, 26 (no dia 17, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do
Anil; enforcado).
Neste ano, treze presos já foram
assassinados em cadeias do Maranhão – quatro no CDP de Pedrinhas, o “Cadeião”;
três na CCPJ de Pedrinhas; dois na CCPJ do bairro do Anil, em São Luís; e
quatro em unidades prisionais do interior do estado (Santa Inês, Balsas,
Itapecuru-Mirim e Timon)
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