
Candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves compareceu à sede do PSB na noite desta quarta-feira para sacramentar a aliança com o partido no segundo turno das eleições. Em discurso, o tucano ressaltou que a união expressa o sentimento de mudança da população brasileira e, em busca de se aproximar da nova legenda, evocou Eduardo Campos, morto em agosto em acidente aéreo: “Hoje eu me preencho com sonhos, lembranças extremamente marcantes para mim. E é por isso que eu quero encerrar essas minhas palavras dizendo: ‘Nós não vamos desistir do Brasil’”, afirmou.
¨Sou, a partir desta histórica manifestação, o candidato das
mudanças verdadeiras. Do ponto de vista pessoal, me sinto honrado e emocionado
neste instante, porque passo a ter a responsabilidade de, no limite das minhas
forças, levar pelo Brasil inteiro o legado de Eduardo Campos”, disse Aécio
Neves, bastante aplaudido por socialistas. “Os seus sonhos, Eduardo, passam a
ser os meus sonhos. E os seus compromissos com a diminuição das diferenças
vergonhosas do Brasil passam a ser os meus compromissos. A partir deste
instante caminharemos juntos num só sentimento de responsabilidade pela
construção de um novo tempo pelo Brasil”, continuou.
O tucano aguardava a
definição do PSB durante ato de campanha em Brasília, e compareceu à sede do
partido após ser confirmado o apoio. Ele estava acompanhado de Tasso Jereissati
(PSDB-CE), eleito para o Senado, e do senador Pedro Taques (PDT), que a partir
janeiro vai assumir o governo de Mato Grosso. Nesta quarta-feira, mais duas
legendas oficializaram a preferência pelo tucano na reta final da eleição: o PSC, do Pastor
Everaldo, e o PV, de Eduardo
Jorge. Ontem, o PPS adotou posição idêntica.
Com a confirmação da aliança, tucanos
e socialistas vão definir um programa de governo convergente com as propostas
dos dois partidos. Integrarão o time o senador e agora coordenador da campanha
Tasso Jereissati, o coordenador de temas ambientais, Fábio Feldman, e a
coordenadora de educação, Maria Helena Castro, ligados a Aécio. Do lado do PSB
estão o senador Fernando Bezerra, o governador do Espírito Santo, Renato
Casagrande, e o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira – este que
havia abandonado a campanha socialista após desentender-se com Marina Silva.
“O meu otimismo é muito grande. Só
não é maior que a minha determinação de acabar com esse ciclo que aí está.
Quero um governo onde a ética e a decência possam caminhar juntos. Trabalharei
no meu limite para honrar essa manifestação nos próximos dias, semanas e, se
couber a mim, nos próximos cinco anos”, disse o candidato à Presidência.
O apoio ao tucano foi confirmado
nesta tarde por 21 votos de membros da Executiva do partido. Outros seis
socialistas defenderam a liberação dos integrantes da legenda, enquanto apenas
um voto foi favorável à aliança com Dilma Rousseff.
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