quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Defesa de doleiro diz que 'laranja' mentiu ao citar propina ao PSDB


Crime perfeito: em depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público, o doleiro Alberto Youssef relatou que as “doações legais” das empreiteiras foram a fórmula criada para esconder a propina

A defesa do doleiro Alberto Youssef, pivô do megaesquema de lavagem de dinheiro desmontado na Operação Lava Jato, afirmou que vai apresentar nesta quarta feira à Justiça Federal em Curitiba (PR) um pedido de impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles, o "testa de ferro" do doleiro em negócios. Em depoimento à Justiça na segunda-feira, Meirelles afirmou que Youssef tinha negócios com o PSDB e com o ex-presidente do partido Sérgio Guerra (PE), morto em março deste ano.

O tema foi explorado pela presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) para atacar o adversário tucano, Aécio Neves, em debates na televisão.
O advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende Youssef, também informou que solicitará uma acareação entre os dois réus. "Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou comSérgio Guerra, nunca teve negócios com ele e nunca trabalhou para o PSDB", disse Basto. "Estamos pedindo uma impugnação do depoimento do Leonardo e uma acareação entre eles", completou.
Segundo a Operação Lava Jato da Polícia Federal, Meirelles era o laranja do doleiro no comando do laboratório Labogen, uma fábrica de remédios falida usada por Youssef para obter contratos milionários com o Ministério da Saúde, na gestão do então ministro da Saúde Alexandre Padilha – a pasta diz que o contrato não assinado. O negócio firmado entre o Ministério e o doleiro havia sido intermediado pelo deputado federal André Vargas.

(Com Estadão Conteúdo)

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