
No meio do impasse que motivou diversos
protestos de alunos e professores da UFMA e já levou três estudantes a entrarem
em greve de fome, um fato é inquestionável: a UFMA pagou quase 1,5 milhões de
reais pela construção da moradia estudantil no Campus e a obra já aparece com
status de concluída no portal da Transparência, administrado pela Controladoria
Geral da União (CGU).
Os dados constam do portal da Controladoria
Geral da União (CGU) e o contrato firmado com a empresa Tecnenge Tecnologia
Civil Ltda, empresa responsável pela construção da obra, aparece com o status
de concluído nas informações disponíveis no portal da Transparência,
administrado pela Controladoria Geral da União (CGU).
O portal fornece dados sobre todos os contratos
e convênios firmados por órgãos da administração pública federal e apresenta
inclusive a data dos aditivos feitos em dois dos contratos firmados entre a
UFMA e a Tecnenge Tecnologia Civil Ltda, cuja finalidade foi a construção
da residência estudantil no Campus do Bacanga..
O contrato de número 0000000037/2007, teve o
valor orçado em R$ 691.438,66 (seiscentos e noventa e um mil, quatrocentos
e trinta e oito reais e sessenta e seis centavos) e o contrato de número
0000000019/2006 teve o valor estimado em 847.504,86 (Oitocentos e quarenta e
sete mil, quinhentos e quatro reais e oitenta e seis centavos).
Outra obra
Na terça-feira após reunião com alguns
representantes de estudantes o reitor Natalino Salvado afirmou que será
construída uma outra residência universitária no Campus. Os estudantes
alegam que a residência estudantil seria no espaço onde hoje funciona um prédio
administrativo da UFMA e acrescentam que a situação precária das atuais
moradias destinadas aos alunos não permite esperar por muito tempo e por conta
disto o impasse permanece e os protestos devem continuar no Campus do Bacanga.
Ontem, nota divulgada pelo o site oficial da
UFMA definiu como “radicalidade” a postura dos estudantes e acrescentou que o
reitor Natalino Salgado afirmou que a UFMA tem condições de comprar um imóvel
no centro histórico para abrigar os alunos. A nota acrescentou ainda que o
movimento tem caráter político.
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