Por Joaquim Haickel
Muitas coisas importantes ainda estão por acontecer nestes cinco
meses que antecedem a eleição de outubro próximo. Gostaria de comentar hoje
sobre três delas. Coisas como uma importante e necessária reforma política que
deve ser implementada logo. É lógico que isso deve acontecer em comum acordo
com a governadora, com o candidato a governador e principalmente com os
políticos.
Nesse ponto é necessário dizer que não adianta falarmos agora
dos erros cometidos até aqui, eles são importantes principalmente para que nos
lembremos que não podemos repeti-los e que devemos remediá-los de forma
eficiente, eficaz e efetiva.
É in-dis-pen-sá-vel que a governadora Roseana deseje fazer isso.
Que ela se disponha a realizar ações que possam aproximar o governo dos
partidos e estes da população. É indispensável que os políticos entendam que
eles são importantes, mas que eles não podem acarretar dificuldades neste
momento, devem ser a solução, na melhor concepção da palavra.
Nesse intuito, partidos que não tiverem guarida na chapa de Dino
podem ser guinados ao governo.
Imagine a decepção do PDT se não indicar o vice? Ou do PSDB?
Como fica a Eliziane se não figurar na composição? Até mesmo partidos da nossa
base precisam se sentir mais motivados.
Motivação é o que parece ter mudado nesse quadro atual. Há um
clima de entusiasmo que pode e deve contagiar a todos que pretendem fazer uma
renovação verdadeira em nosso grupo e em nosso Estado.
É nessa hora que o governo pode ampliar a base de apoio ao seus
candidatos majoritários.
Ações como estas podem ser realizadas desde logo nas seguintes
secretarias, principalmente por algumas delas estarem sendo ocupadas
interinamente: Educação, Cidades, Infraestrutura, Segurança, Assuntos
Políticos, Gestão e Previdência, Trabalho, Assuntos Estratégicos, Programas
Especiais, Representação Institucional, Juventude, e Políticas Públicas.
Outra importante ação que deverá ser realizada é a formação da
chapa majoritária. Existem pelo menos três cenários que devem ser analisados e
considerados.
Cenário 1. Governador: do PMDB (Lobão Filho); vice: do PT (Zé
Carlos, Helena, Monteiro ou ?); senador: do PMDB (Luís Fernando, Gastão ou
Arnaldo); primeiro suplente: do PMDB (João Abreu); segundo suplente: do PMDB ou
do PTB (?).
Esse é o cenário que está previsto inicialmente, mas que pode
ser mudado, principalmente porque o PT vislumbra a possibilidade de trocar o
cargo de vice pelo de primeiro suplente de senador, como veremos no exemplo
abaixo.
Cenário 2. Governador: do PMDB (Lobão Filho); vice: do PMDB
(João Abreu); senador: do PMDB (Luís Fernando, Gastão ou Arnaldo Melo);
primeiro suplente: do PT (Zé Carlos, Helena, Monteiro ou ?); segundo suplente:
do PMDB ou do PTB (?).
Nessa opção o PT, caso efetive-se a troca da vice pela primeira
suplência de senador, poderá acabar tendo um senador a mais no Congresso. Se o
candidato ao Senado for alguém que possa ser guinado a uma secretaria de estado
ou a um ministério, o caminho fica livre para a realização desse intento.
Cenário 3. Governador: do PMDB (Lobão Filho); vice: do PDT, do
PPS ou do PSDB (?); senador: do PMDB (Luís Fernando, Gastão ou Arnaldo);
primeiro suplente: do PT (Zé Carlos, Helena, Monteiro ou ?); segundo suplente:
do PDT ou do PPS, ou do PSDB (?).
Nessa hipótese se sacrificaria mais uma vez o excelente quadro
João Abreu, em nome de uma melhor possibilidade de vitória. Infelizmente, mas é
do jogo!
No caso de um acordo com o PPS de Eliziane, pode ser feito um
acordo que envolva também a eleição de prefeito de São Luís em 2016, já que ela
precisa de apoio e nós precisamos de um bom candidato.
Aquilo que parece pequeno ou pouco importante acaba se
notabilizando como as melhores soluções. Só precisa ser cogitado e conversado.
A conversa é a base de toda boa decisão, seja na política ou em qualquer outro
setor da vida.
Boas coligações podem viabilizar as candidaturas de deputados
federais e estaduais, fazendo com que estes se sintam mais à vontade de
coligar-se a um grupo onde suas chances de eleição sejam maiores, logo este é
um outro bom atrativo.
Vejamos algumas das possíveis coligações para deputado federal:
Governo 1: PMDB / PV / PRB / PTB / PRP /
PEN / PSD/ ??? (6);
Governo 2: PT / PSL / PR / PSC / PDT ou PPS ou PSDB / ??? (5);
Governo 3: PT do B / PTN / PRTB / PMN / PHS / DEM / PSDC / ???
(2);
Oposição 1: PC do B / PSB / PP / SD / PTC / PROS / ??? (5);
Oposição 2: PSOL / PCB / PSTU / ??? (0);
Não vou fazer nenhuma análise sobre as possíveis coligações para
deputado estadual, pois elas carecem de estudos muito pontuais e minuciosos que
podem ser decisivos nestas opções.
Já disse várias vezes que os ensinamentos do grande filósofo do
futebol Neném Prancha são maravilhosamente bem aproveitáveis na política: quem
pede, recebe, quem se desloca tem preferência. Significa dizer que quem não
pede não recebe, quem não conversa não amplia seus apoios. Quem não se
movimenta, não é visto e quem não é visto não é lembrado
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