
A cidade acriana de
Brasileia pode assistir ao “descolamento” de uma porção de suas terras à margem
do Rio Acre. Uma parte do município, que abrange os bairros de Samaúna e
Leonardo Barbosa, está sofrendo com a erosão do rio, em vias de perder a
ligação de terra com o Brasil e se transformar uma “ilha” dentro do espaço
boliviano. Até o ano passado, a faixa de terra que unia os dois bairros ao
resto da cidade media 20 metros, mas uma forte chuva acabou diminuindo a
largura para 18 metros.
Apesar da possibilidade, a Bolívia nunca demonstrou ter
interesse em tomar posse desses bairros que se localizam na fronteira das
nações, o que não diminui a preocupação de alguns moradores da região. “Vamos
ter que virar tudo boliviano. O rio está comento muita terra”, reclamou João
Oliveira Magalhães, de 61 anos, que reside no local com a esposa e um filho.
O prefeito de Brasileia disse que ainda não há uma solução para
o problema, mas uma medida para desacelerar o processo está sendo estudada.
Caso uma enchente acabe por isolar os bairros totalmente, ele afirmou que
construiria uma ponte. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores do
Brasil, os moradores podem respirar aliviados, pois o curso do Rio Acre não
interfere nas fronteiras.
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