
A produção de abacaxi em Turiaçu,
município distante 152 km da capital maranhense, está comprometida e acumula
prejuízos aos agricultores. Segundo eles, 40% da última safra foi perdida por
falta de apoio técnico e de recursos para a adubagem correta. O maior problema
é a deficiência de boro, um componente químico essencial para o cultivo do
fruto.
Com um sabor doce,
que torna ainda mais saborosa uma fruta muito apreciada em todo o país, o
abacaxi turiaçu – batizado com o nome da cidade – tem a coloração bem
amarelada, a polpa avermelhada, e é muito conhecido pelo sabor. O fruto tem
grande potencial para se expandir no mercado. A ausência de boro no solo é o
grande obstáculo para essa expansão. Essa deficiência provoca fissuras na casca
do fruto, provocando perdas na safra.
“O estado não tem
aptidão para incentivar a produção rural. Prova disso foi o corte de 60% nos
recursos orçamentários da AGERP. A carência de assistência técnica e de
recursos no setor nos custou 40% de perda na última produção”, disse Oswaldo
Luís, presidente da cooperativa de produtores de Turiaçu.
Mesmo em
condições desfavoráveis, os produtores esperam uma colheita na casa dos oito
milhões de abacaxis, mas temem os prejuízos. “Nossa produção é boa, mas
precisamos de apoio para as correções do solo. Tememos que na próxima safra o
prejuízo seja ainda maior”, afirmou Oswaldo Luís. Ele lembrou que, o orçamento
de apoio à agricultura familiar, que já era reduzido, foi cortado este ano.
Os prejuízos na safra
também prejudicam os feirantes, peças fundamentais no escoamento da produção.
“O prejuízo também pode nos atingir, porque o produto encarece e perdemos a
clientela”, disse o feirante Domingos, referência na venda de abacaxis Turiaçu
no bairro do São Francisco, em São Luís.
O outro
lado
Procurada pela
reportagem do site Maranhão da Gente, a Assessoria de Comunicação do Governo do
Estado não se pronunciou sobre o assunto. Questionada sobre as ações de
assistência técnica destinadas aos produtores de Turiaçu e sobre os
investimentos para o setor o Governo do Estado não enviou resposta
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